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Quando chover, deixe chover

silencios publicos, dorely m calderon, critica contemporanea
Quando chover, deixe chover

Às vezes é melhor esperar a chuva passar, ao invés de desejar que ela não te molhe. O truque é não fingir que não sente a chuva. Também não se trata de dançar entre pingos de chuva como as canções gostam de contar. É estar encharcado, com o cabelo revoltado, totalmente imerso, completamente ali.


Nós, humanos, temos o desejo de controlar nossas emoções, resultados e circunstâncias. Diante do inesperado, tendemos a esconder nossos verdadeiros sentimentos sob disfarces que soam como “por que isso acontece comigo?”, “eu não deveria ser tão sensível” ou “não é tão ruim assim”. Mas, neste momento, neste exato segundo, você está com frio e molhado por uma tempestade que sacudiu sua casa e seus ossos. Aprender a abraçar totalmente os ventos e furacões é a única maneira de deixá-los ir.


Quando você luta para encontrar outras maneiras de evitar o inevitável, você apenas adia esse sentimento que temeu por tanto tempo. Assim... quando chover, deixe chover.


Porto Alegre, 2024

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