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Viver na selfie

Viver na selfie
Viver na selfie

Vivemos na selfie, no filtro. Vivemos para mostrar, contar, guardar ou esquecer, mas não para viver. Visitamos lugares utópicos, conhecemos seres transcendentes, acessamos a coisas inestimáveis... mas, só servem para a selfie. Damos importância ao que não é importante.


A viralidade de uma selfie não constrói obras-primas, nem ajuda a preservá-las na memória. No território da qualidade, a selfie se perde como eu no meio da areia do deserto, em cliques e visualizações. No fundo, é o mais belo e puro colaboracionismo com o extermínio da importância. E realmente, nos importamos com a importância?


São Paulo, 2024

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